É, foi-se o tempo em que inovação era aquele grande estalo de ideia disruptiva, como descobrir a roda, a luz ou inventar o carro. Quase um grito de Eureka! Se antes os grandes marcos inovadores de grande impacto na humanidade eram legados deixados pelos esforços de um indivíduo, hoje, o conceito de ordem para a inovação no mundo corporativo é a formação de times de inovação multidisciplinares ou, inspirados no universo das startups, as famosas squads.
Mas, calma! Se você pensa em rodar o mundo atrás dos melhores perfis para formar e agrupar o melhor time de inovação. Pare alguns minutinhos para ler este nosso artigo.
Um dos maiores desafios da inovação corporativa vai muito além de criar estratégias, planejamento, ideias disruptivas, implementação e governança.
Estamos falando sobre um processo contínuo de cultura corporativa experimental. E para isso, é essencial entender como formar e agrupar times de inovação capazes de encontrar oportunidades.
Formando um time de inovação voltado à resultado
Um grande case de sucesso sobre conseguir formar e agrupar times de inovação é o da Pfizer, liderado pelo ex-chefe de inovação, Dan Seewald, onde aplicou a metodologia para mais de 70 mil funcionários.
A efetividade do programa veio de implementar formas de desenvolver novas ideias e assumir riscos ponderados por meio da experimentação, ou seja, aplicar uma metodologia criativa de solução de problemas, com um design de inovação, capaz de criar cultura e capacidades de resolução.
Incentivando a experimentação na organização
Uma coisa que não é segredo para ninguém, é a dificuldade de incentivar a experimentação dentro de grandes corporações multinacionais. São milhares de funcionários espalhados por escritórios e laboratórios por todo o mundo.
De fato, é comum de se pensar que, assim como outras práticas, a cultura de inovação se faz da liderança para baixo, ou seja, o famoso top-down. Mas será? Não era assim que pensava Dan Seewald quando liderou um dos maiores cases na Pfizer sobre formar e agrupar times de inovação.
E se o caminho fosse simultâneo? Um programa de inovação proativo, estruturado nas bases, com o estímulo à experimentação para todos.
Com a cultura de “experimentar e falhar livremente até que o sucesso seja alcançado”, foi estruturado o programa.
Isso envolve a aplicação de várias ferramentas, treinamentos e a conexão de uma rede de times de inovação. Como podemos ver, até mesmo o projeto para a implementação do programa chamado de “Dare to try“, foi uma experimentação que resultou em inovação com uma abordagem descentralizada entre as pessoas e, ao mesmo tempo, centralizando esforços.
Desenvolvendo potenciais e aperfeiçoando habilidades
Nesse sentido, para desenvolver potenciais e aperfeiçoar habilidades para formar e agrupar times de inovação, Dan Seewald se inspirou nas práticas de sua época como lutador de luta livre, criando uma série de princípios que se baseiam em três principais pontos:
- Atração e contratação por perfil: Antes de analisar habilidades técnicas (hard skills), é essencial criar o perfil, com as habilidades comportamentais (soft skills) esperadas de cada potencial contratado e que se conecte com a cultura da empresa, para estruturar times multidisciplinares que se complementam.
- Treinamento e desenvolvimento: Embora seja crucial criar momentos de treinamentos colaborativos, com trocas e aprendizados, o ideal é que o processo proporcione oportunidades para que cada participante atue com autonomia. Dessa forma, eles podem se destacar de maneira independente.
- Engajamento e retenção:Este é possivelmente um dos pontos mais desafiadores. Muitas organizações não aplicam o esforço necessário. Isso pode prejudicar os resultados, resultando em alto índice de turnover, evasão de potenciais já desenvolvidos e perda de tempo com novos treinamentos.
Por isso, é fundamental atrair, contratar e treinar perfis dentro da cultura e estratégia da empresa. Além disso, o trabalho contínuo de motivar e manter a transparência em abordagens e ritos colaborativos é de igual importância. As metologias ágeis são uma ótima solução para isso!
Qual o perfil de um time de inovação?
Falamos acima sobre a importância de atrair e contratar perfis com habilidades comportamentais que se conectam à cultura de inovação da empresa.
Assim, são muitos pontos a serem avaliados e que mudam de acordo com os valores de cada organização. Mas listamos aqui, as principais características para formar e agrupar times de inovação de alta performance:
Logo, com essas características, os times de inovação já têm meio caminho andado. Eles ajudam áreas e equipes na identificação de problemas e oportunidades, buscando encontrar soluções inovadoras com resultados.
Os porta-vozes e disseminadores da cultura de experimentação
Até aqui, falamos várias vezes sobre um dos maiores desafios da inovação corporativa: a criação de um processo contínuo de cultura experimental.
Dessa forma, inspirados nos conceitos de Dan Seewald e explorando práticas para desenvolver potenciais e aperfeiçoar habilidade que ajudam a formar e agrupar times de inovação capazes de encontrar oportunidades e soluções, podemos entender esses mesmos times como os porta-vozes e disseminadores da cultura de inovação pela experimentação para toda a empresa.
Assim, suas características são bons exemplos de condução e suas habilidades aperfeiçoadas podem ser usadas como replicadores dos conceitos inovativos por meio de treinamentos, desenvolvimento e engajamento de novos talentos e novos times de inovação.
Nesse sentido, é claro que até mesmo o programa de Seewald, “Dare to try“, como toda inovação, está em constante aprendizado e melhorias. Por isso, ao invés de simplesmente implementar metodologias prontas para fomentar a cultura de inovação dentro da sua organização, busque adaptá-la para sua realidade e estratégia, criando medidas para um processo vivo e contínuo.
Por fim, se precisar de ajuda para isso, nós do time Inventta apoiamos em mais de 300 projetos as empresas mais inovadoras do país, ajudando desde o Planejamento Estratégico, implementação de Programas de Inovação até a construção da Cultura de Inovação. Vamos juntos nessa?