Validando a inovação

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As etapas de inovação

O trabalho direto na condução e execução de projetos com 50 das empresas mais inovadoras do Brasil nos permitiu conseguir criar uma visão aprofundada do processo inovativo e de como ele permeia as organizações, em suas diferentes áreas e níveis, por completo. Levando em consideração a maneira de operar particular de cada organização, na Inventta entendemos que o processo de inovação, seja para produtos, serviços ou o negócio em si, toca algumas etapas principais: a VISÃO que direciona os esforços, apoiada por um processo de CRIAÇÃO, que gera as diversas rotas a serem seguidas e a EXECUÇÃO, pautada por técnicas de implementação de projetos de inovação. Estes esforços visam entregar então um RESULTADO esperado.

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Simplificadamente, toda empresa passa por algumas destas etapas, ora de maneira estruturada, ora ao mesmo tempo, ora de maneira desordenada, mas passam. Minha ideia é a de explorar um pouco a intersecção entre a etapa de criação e execução, onde moram a validação e testes. 

Extrapolando a máxima de que – “uma inovação, no sentido econômico, só é completa quando há uma transação comercial envolvendo uma invenção” -, podemos pensar que uma inovação tem de gerar valor para alguém. Desta maneira, ela tem mais chances de sucesso quando encarada como um processo científico, onde hipóteses são criadas a partir de nossas crenças de desejabilidade, viabilidades técnica e econômica, se validadas ou invalidadas, estas hipóteses afirmam ou rejeitam a solução adotada.

A validação é parte fundamental de um processo que precisa lidar com riscos e incertezas a todo tempo, conseguir uma análise mais criteriosa de possíveis soluções e rotas pode poupar esforços preciosos, auxiliar na priorização de recursos e permitir tomadas de decisão mais rápidas e corretas para o crescimento do negócio.

O processo de validação

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Em um processo possível de validação, é preciso começar pelas hipóteses. Quando escolhemos seguir por uma ou outra ideia após sua criação, existe um salto de fé a ser dado, ou seja, mesmo quando pautados por estudos e pesquisas, em caráter de conseguir caminhar com uma ou outra solução, somos forçados a assumir algumas de nossas crenças e percepções como verdades, mesmo que ainda estejam carregadas de incertezas, por exemplo,a prática de esportes é uma tendência, outra tendência aponta que as pessoas estão mais preocupadas com a saúde, mas mesmo assim, a Jundu teve que assumir que essas pessoas gostariam, usariam e que empreendedores teriam interesse em montar quadras de esportes de areia, isso foi um salto de fé inicial, posteriormente validado.

Para validarmos estes saltos de fé, desenvolvemos hipóteses, quando pensamos em hipóteses podemos separá-las em três principais tipos: 

  • Hipóteses de Desejabilidade ou de Proposta de Valor – Alguém quer o que estamos oferecendo? Pagariam ou dedicariam tempo para usar isso?
  • Hipóteses de viabilidade técnica – Somos capazes de produzir e criar em escala o que oferecemos? Temos recursos e parceiros para isso? Conseguimos executar os processos necessários?
  • Hipóteses de viabilidade econômica – A conta fecha? Conseguimos gerar resultado positivo?

Pensando em um canvas de modelo de negócios podemos posicionar estas hipóteses validando as seguintes áreas do negócio:

As hipóteses de negócios

Para definir as hipóteses é preciso antes entender quais são nossas premissas, quais são as perguntas e quais as crenças que temos ainda não comprovadas de fato?

A partir daí, toda hipótese tem de ser: 

  • testável: se comprovar verdadeira ou falsa mediante alguma evidência;
  • precisa: ter indicadores numéricos que apontem seu sucesso ou insucesso;
  • distinta: testar e validar apenas uma coisa investigada. 

Entenda se todas as hipóteses estão construídas desta maneira e às priorize de acordo com a importância e impacto na solução.

Os experimentos Big Pharma emits more greenhouse gases than the automotive industry primobolan for sale home – test 250 steroid side effects, test 250 anabolic steroids – boon.network científicos de validação

Com boas hipóteses definidas, os experimentos devem ser criados e alinhados entre os envolvidos e responsáveis, desde simples protótipos rústicos, até MVPs mais elaborados. A maior questão na fase de experimentação é conseguir desenvolver experimentos que custem o mínimo possível para validar ou invalidar suas hipóteses de negócio de maneira fidedigna, existe uma série de modelos de possíveis experimentos que geram evidências com maior ou menor força.

Como um ponto crítico é preciso que o time faça boas análises dos experimentos a serem adotados para que o processo de validação não fique estancado nesta etapa, a importância das hipóteses e a força das evidências geradas precisam justificar experimentos de proporcional complexidade de operação e custos, de outra maneira isso se torna um processo pouco produtivo.

Ainda é preciso criar e validar os indicadores apontando quais as métricas de sucesso, tempo e processo de execução do experimento, time envolvido e custos.

Existe um número grande de possíveis experimentos, alguns exemplos, sem esgotar o tema são: entrevistas com consumidores, carta de intenção de compra, crowdfunding, landing pages, impressão 3D, speed boat, campanhas de e-mail, entrevistas com parceiros e fornecedores, extreme programming spike, etc. O desafio é encontrar aqueles que mais se adequam às suas hipóteses, rodá-los e medi-los.

Um bom experimento deve responder às perguntas do checklist abaixo:

  • Propósito
    • O Experimento foca em uma ação específica do negócio?
    • O que esperamos aprender ou validar com o experimento?
  • Comprometimento
    • Quais ações específicas podem ser realizadas com base no resultado do experimento?
    • Como será assegurado que o resultado não será ignorado?
    • Como conseguiremos encaixar o experimento na agenda e nas prioridades estratégicas da organização?
  • Capacidade
    • Qual o tamanho deste experimento?
    • Temos capacidade de conduzir o teste nos locais escolhidos pelo tempo que imaginamos necessário?
  • Confiabilidade
    • Existe algum viés que pode atrapalhar o experimento?
    • Outras pessoas conduzindo o mesmo teste, teriam o mesmo resultado?
    • É possível o experimento ser realizado em “teste cego”?
  • Valor
    • O experimento testa mercados e públicos relevantes para o negócio?
    • Existe um plano de rolagem da solução se ela for validada?

Vale lembrar ainda, que é importante evitar as armadilhas que existem quando estamos validando, como exemplo: quando temos um histórico de acerto grande, ou, quanto mais conhecemos um negócio ou segmento, mais estamos avessos a colocar nossas assumptions em cheque, isso pode criar um viés de validação do que imaginamos, ao invés de validação de hipóteses.

Apurando os resultados

Após a medição dos experimentos, é possível afirmar o que deu e o que não deu certo, o que foi ou não validado, se é necessário continuar com as validações, se existem novas hipóteses ou se os experimentos realizados já são suficientes. Análises de projetos sob o ponto de vista do que vale ou não investir permite a decisão de entrar ou não na execução destes negócios.

Um processo de validação bem feito pode otimizar muito dinheiro e tempo de uma organização, além de manter times constantemente motivados em um ou mais projetos. 

Como está o processo de validação dentro da sua empresa? Tem algum case interessante? Compartilhe com a gente.

Referências 

Testing Business Ideas, David J. Bland & Alex Osterwalder.

Harvard Business Review – The Discipline of Business Experimentation – Stefan Thomke & Jim Manzi.

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