Uma parábola para começar a vencer o campeonato da inovação…
“Seguindo a velha tradição da escola de promover o envolvimento dos pais nas atividades escolares, faltava apenas um mês para Dante assumir o seu papel de técnico do time de futebol do seu filho que disputaria o campeonato estudantil da cidade. O campeonato estudantil de Vaiquedapólis aconteceria em 3 meses, era muito disputado e as expectativas de toda a comunidade local para a temporada da escola esse ano eram altíssimas.
Estaria tudo bem, bem mesmo, se por conta do emprego de seu pai, Dante não tivesse passado seus áureos anos da infância vivendo na Noruega e se dedicado tanto ao xadrez e às aulas de violino, tornando-se um total zero a esquerda no futebol. Dante não sabia nada do mundo do futebol: não sabia o que era escanteio, impedimento, nem mesmo que existiam os esquemas táticos. Naquele momento, ele só sabia que tinha 4 semanas para assumir o time e que a escola ano sim, ano não, ganhava ou no mínimo chegava às semifinais do campeonato.
Inteligente e dedicado, Dante estava disposto a levar o desafio a sério, queria desempenhar bem e colocou em prática um plano que traçou logo após o jantar.
Na manhã seguinte, naquela aglomeração rotineira de pais ao buscar os filhos na escola, Dante abordou Vicente, pai de um amigo de seu filho, que ele via sempre trajando camisas de times de futebol. Descobriu na conversa que além de fanático por futebol, Vicente tinha feito parte do plantel de jogadores amadores da cidade na sua juventude. Dante contou a Vicente o seu desafio, fez-lhe o convite para ajudá-lo e, com um aperto aliviado de mãos, celebrou a “contratação” do seu técnico assistente.
A partir daquele dia, Dante passou a se reunir dia sim, dia não com Vicente para aprender sobre futebol, assistir partidas ao vivo e gravadas. Dante mergulhou em todos os livros sobre futebol que ele pudesse ler e a cada dia de treinamento com o time, ensaiava esquemas táticos, cobranças de falta, escanteios, etc.
Em pouco tempo, Dante já se viu capaz de identificar o talento de cada jogador, e com ajuda de Vicente, foi remanejando os jogadores em cada posição, tentando explorar o que cada um tinha de melhor. Passou também a perceber alguns detalhes. O campo de treino tinha muitos buracos e alguns jogadores não tinham chuteiras adequadas para jogar. Ele sabia que era seu papel criar melhores condições para que os talentos do time pudessem aflorar e então coordenou com a diretoria da escola, uma pequena verba para melhorar a qualidade do campo e adquirir novos paramentos e uniforme para o time.
Quando Fabinho torceu o tornozelo na véspera da semifinal do campeonato, e todo time se abalou por não poder contar com seu principal defensor, Dante resgatou os brios do time celebrando a jornada até aquele momento, destacando os talentos presentes e lembrando do pouco que faltava para a tão almejada conquista do campeonato.
Com muita dedicação, aprendizado e obstáculos vencidos ao longo da temporada, o time de Dante sagrou-se mais uma vez campeão naquela temporada.
Junto com Vicente e todo o time, Dante comemorou com uma festa na piscina, a grande conquista de todos naquele ano.”
Infelizmente muitas lideranças não têm uma atitude similar a que nosso personagem Dante teve frente ao desafio de “vencer o campeonato da inovação”. Mesmo tendo a consciência de não conhecerem muito sobre o tema – e às vezes nada – lançam-se de forma atabalhoada na jornada de inovação sem o básico necessário para tornar o caminho menos tortuoso.
Em nossas interações na Inventta com empresas que buscam a inovação, identificamos vários problemas que uma organização enfrenta nesse campeonato da inovação:
- Dificuldade de se estabelecer uma estratégia e objetivo factível para a inovação da Cia.;
- Perda de tempo e energia na discussão de qual o melhor modelo de inovação para a Cia.;
- Alocação de recursos incompatível com a expectativa de resultado;
- Dificuldade de se tomar decisões em relação investimento em projetos e iniciativas de inovação;
- Descontinuidade de esforços de inovação antes de se cumprir a curva de aprendizado; e
- Decepção geral em todos que participaram do processo.
Toda organização que quer inovar de forma consistente deveria se preocupar em colocar suas lideranças “na mesma página” em relação ao tema inovação para minimizar que os desafios listados acima venham a ocorrer.
Assim como Dante, seria ainda melhor que mais do que apenas “estudar” o assunto, a liderança pudesse ter a oportunidade de “gerenciar o time de futebol” e vivenciar o processo de inovação, aprendendo na prática.
Afinal, assim como andar de bicicleta, não se aprende de fato a inovar apenas numa sala de aula.
A Inventta contribui com o desenvolvimento das competências de inovação de diversas organizações através de conteúdos, treinamentos, palestras, workshops e mentorias.
Acesse através desse link nossa visão resumida sobre o POR QUE, O QUE É, PARA QUÊ e COMO INOVAR.