Cada dia mais a inovação vem ganhando espaço dentro das empresas como uma prática para o desenvolvimento da competitividade. Lideranças empresariais buscam trazer as pautas relacionadas à inovação mais próximas de suas pautas estratégicas. Por um lado, a crescente preocupação com o tema Inovação gera um movimento positivo que o coloca em um lugar privilegiado dentro das organizações, por outro, acaba gerando frustrações nesses mesmos líderes. Por isso, é inevitável explorarmos os elementos-chave de uma boa estratégia de inovação!
1. Desafios antigos da inovação sem estratégia
Primeiramente, quando falta direção, foco e propósito nas iniciativas relacionadas à inovação corporativa, ou quando estão desconectadas dos direcionamentos do negócio, a jornada da inovação fica completamente comprometida. Dessa forma, conseguimos visualizar desafios que vão desde iniciativas de inovação concorrentes entre si, ou com outras áreas do negócio e com baixa sinergia com os objetivos da organização, até a dificuldade das lideranças em identificar quais são os reais movimentos externos e internos que podem ser endereçados pela inovação.
2. Resultados da falta de uma estratégia de inovação
Quando não conseguimos solucionar os desafios, evidenciamos, acima de tudo, alguns resultados negativos, tanto para a área de inovação quanto para a liderança e até mesmo para o negócio como um todo.
- A falta de visão de resultados tangíveis coloca em xeque a confiança nos processos e iniciativas de inovação.
- O emprego de recursos em inovação fica comprometido, o que também afeta a capacidade de competição futura da organização.
- Esforços de inovação dispersos, com pouca força ou sobrepostos entre áreas.
- Iniciativas de inovação com baixa capacidade de atender aos objetivos estratégicos do negócio.
3. Os elementos de uma boa estratégia
Na Inventta, entendemos que cada organização apresenta seus próprios desafios e maneiras de funcionar, o que exige um tratamento específico para o desenvolvimento de sua estratégia de inovação. No entanto, isso não invalida uma série de boas práticas e processos identificados previamente em outros trabalhos. Além disso, como alternativa para superar os desafios e evitar resultados negativos, existem alguns elementos fundamentais para qualquer estratégia de inovação.
• Visão de Futuro (Which Future)
Toda estratégia de negócios deve ser pautada por uma clara visão do que vem pela frente, é fundamental a definição de um horizonte temporal para o trabalho, e então o mapeamento de tendências de futuro em termos de tecnologias, comportamentos, cadeia de valor e modelos de negócio que sinalizem possíveis impactos para o setor que podem ser traduzidos como ameaças e oportunidades para direcionamento dos esforços de inovação.
• Direcionamento Estratégico (Where to Play)
Conectado ao trabalho de visão de futuro, é importante o estudo e o aprofundamento dos anseios e objetivos estratégicos do negócio, bem como o esforço de alinhamento sobre como a organização irá atuar considerando a visão de futuro estabelecida. Isso pode ser feito identificando territórios de inovação, ou seja, espaços no mercado que podem sustentar o crescimento da empresa no curto, médio e longo prazo.
• Plano Acionável (How to Win)
Depois de considerados a visão de futuro e o direcionamento estratégico, é importante entender como a estratégia se tangibiliza em resultados, é necessária a definição de um modelo de inovação para a organização, considerando as iniciativas que suportarão as ambições estratégicas, além do modelo de governança considerando equipes de trabalho, ritos de decisão e métricas de monitoramento, até a estruturação das ações a serem implementadas para a concretização do modelo de inovação em um plano com responsáveis, cronograma e metas.
4) Outros aprendizados
Existem uma série de outros pontos relevantes para a boa construção de uma estratégia de inovação, alguns deles estão relacionados à:
- Capacidade das lideranças do processo em manter integrada a visão dos diferentes stakeholders atendidos pela estratégia de inovação;
- Capacidade de manter o foco prioritário sobre os objetivos do negócio e só então sobre as áreas, pontualmente;
- Manter o radar para os movimentos de futuro bem aguçado, considerando revisões periódicas para o foresight;
- Envolver as lideranças desde o início do processo e mantê-las sempre no mínimo atualizadas sobre o trabalho;
- Ter o portfólio de iniciativas e territórios bem balanceados entre os diferentes horizontes temporais: H1, H2 e H3.
- Manter o mesmo portfólio bem balanceado também no que diz respeito à maturidade das iniciativas e territórios.
Com estes elementos, uma visão independente e alguma adaptação é possível criar uma boa estratégia de inovação nos mais diversos portes e tipos de organizações. Você já realizou alguma iniciativa com essas características em sua empresa? Vê outros desafios envolvidos? Compartilhe conosco seus aprendizados.
Respostas de 4
Bacana o artigo!! Parabéns!
Mintzberg, autor Canadanse, trata a Estratégia Organizacional como um “Padrão de Comportamento”. Aqui, destacam-se os exercícios de “desdobramento” (verticalização) e “alinhamento” (horizontalização).
Ademais, a estratégia deve definir as melhores hipóteses de (i) “como acertar o alvo?” e, antes, eu diria, (ii) “qual alvo acertar?”. Em meio à construção das hipóteses, na leitura do porvir, há duas mentalidades que destaco (dentre várias):
1) Future Forward (do presente para o futuro): com o que temos hoje, onde podemos chegar (futuro possível).
2) Future Backward (do futuro para o presente): para chegar no futuro desejado, como temos que agir no presente, quais caminhaos seguir?
Em um mundo competitivo e incerto (VABI, VUCAA – sim, com dois “as” – o segundo de assimétrico – Joe Ito), qual a melhor saída? Um futuro possível ou desejado? Até o egoísmo humano corrobora com a resposta… “Cuidado com seus desejos, eles se realizam” (autor desconhecido). 😉
Bacana o artigo!! Parabéns! Mintzberg, autor Canadanse, trata a Estratégia Organizacional como um “Padrão de Comportamento”. Aqui, destacam-se os exercícios de “desdobramento” (verticalização) e “alinhamento” (horizontalização). Ademais, a estratégia deve definir as melhores hipóteses de (i) “como acertar o alvo?” e, antes, eu diria, (ii) “qual alvo acertar?”. Em meio à construção das hipóteses, na leitura do porvir, há duas mentalidades que destaco (dentre várias): 1) Future Forward (do presente para o futuro): com o que temos hoje, onde podemos chegar (futuro possível). 2) Future Backward (do futuro para o presente): para chegar no futuro desejado, como temos que agir no presente, quais caminhaos seguir? Em um mundo competitivo e incerto (BANI, VUCAA – sim, com dois “as” – o segundo de assimétrico – Joe Ito), qual a melhor saída? Um futuro possível ou desejado? Até o egoísmo humano corrobora com a resposta… “Cuidado com seus desejos, eles se realizam” (autor desconhecido). 😉