Os que acompanham nossos conteúdos e artigos sabem que o tema sobre o qual mais conhecemos e gostamos de escrever no blog da Inventta é inovação. Não tenho dúvida que é na capacidade de inovar que está a resposta para muitos dos desafios e dilemas que todos temos vivenciado nos dias atuais. Mas hoje, quero levar a conversa para um outro lugar. Quero provocar uma reflexão para a qual proponho um reshape, um redesenho da palavra inovação para falarmos sobre sanidade.
Afinal, como se inspirar, como enxergar o novo, como inovar, se não estamos sãos?
Muitos que lêem esse texto agora, já estão há mais de 1 ano vivendo numa rotina de isolamento social: reuniões a distância, ausência de pausas para o cafezinho, malabarismos para gerenciar casa-trabalho-filhos, saudade dos amigos e parentes, preocupação com a saúde, muitos desafios ao mesmo tempo que nos colocam distantes do natural ser social que todos somos como seres humanos.
É verdade que para as pessoas que passaram a levar uma vida mais regrada dentro de casa, a pandemia gerou mais qualidade de vida, mais saúde física, mas tenho percebido cada vez mais à minha volta – e a começar por mim – que tantas notícias tristes, a carência de contato com os que amamos e a desesperança quanto ao nosso futuro e à inovação, têm diminuído a nossa sanidade ou força mental. Sim, muitos não estão bem, muitos não estão sãos.
são
adjetivo
que tem saúde, saudável
que não está em mau estado
que recuperou a saúde; curado
forte, vigoroso
Para validar minimamente nossa percepção de que “as pessoas não estão bem”, realizamos no Linkedin uma rápida enquete que apontou que 28% das pessoas de fato não estão bem ou estão realmente mal. E não é muito difícil de entender o por quê.
Não estamos bem, por que a pandemia que estava longe chegou perto.
Não estamos bem, por que temos medo de nos contaminarmos.
Não estamos bem, por que estamos aflitos com a doença dos que amamos.
Não estamos bem, por que muitos já não tem trabalho ou o que comer.
Não estamos bem, por que tem muita gente morrendo.
Não estamos bem, por que nossas crianças estão sofrendo com o distanciamento.
Não estamos bem, por que não temos boas perspectivas de quando a vida voltará minimamente ao normal.
Não estamos bem, por que…
Não estamos bem.
Para nos mantermos sãos, faço um convite a você.
É hora de assumir nossa condição de seres humanos – e não apenas de líder, pai, marido ou amigo super-herói – e pedirmos ombro se precisarmos. Não há quem não precise de um ombro.
É hora de reconhecermos que ainda não podemos ter aquele abraço amigo que conforta e consola, e pararmos de responder automaticamente a pergunta: “E aí, tudo bem?” e compartilharmos nossas dores. Falar sobre isso seria equivalente ao abraço que não podemos dar e pode nos ajudar a nos mantermos sãos.
É hora de olharmos para além da tela para conseguirmos enxergar o que está se passando com a alma que está do outro lado. Seu chefe? Seu colega? Seu subordinado? Não importa: um ser humano como todos nós que também pode não estar bem.
Acredito, como base de toda inovação, no poder da empatia, da conexão das nossas almas, das nossas boas energias e pensamentos para nos tornarmos mais fortes para atravessarmos essa tempestade.
E por fim, se eventualmente você não estiver bem, receba por aqui nossa compreensão, nosso desejo de melhoras e energias positivas para superar esse momento.