Já ouviu falar sobre Design Centrado no Usuário (UCD) como alternativa para resolver um problema? Um método de envolver o consumidor em toda a elaboração do produto. Além disso, essa é uma forma de construir um caminho conclusivo por essa nova ótica, tendo essa aplicação em cada micro processo.
Entender a dimensão da relação bilateral entre as pessoas e o mundo dos negócios pode ser a chave do sucesso, desenredo esse que pode ser tanto visual quanto funcional. E como nunca foi tão importante valorizar as emoções do comprador como agora, precisamos apostar no futuro do Customer Experience para agradá-lo.
A inversão do processo é interessante para entender também o outro lado do espaço amostral, os não usuários e a nova geração, as grandes mudanças no mundo dos negócios. É justamente para atender a essa demanda e corresponder aos sentimentos do cliente — que podem ser voláteis e alinhados às tendências e a moda de um mercado — que o UCD ganha destaque. E não existe segredo: o jeito é analisar, planejar, testar, experimentar e, só depois, lançar a ideia.
O que é User Centered Design (Design Centrado no Usuário – UCD) ?
É o procedimento que tem como ideia principal centralizar o usuário no núcleo decisivo e o manter durante todas as etapas do projeto, aumentando portanto, a chance de uma maior adesão do resultado final com o público alvo.
Esta estrutura do UCD é construída em cima de 4 pilares, sendo esses:
- Empatia para que haja dedicação às necessidades do usuário;
- Simbiose colaborativa entre os clientes e os projetistas durante o desenvolvimento;
- Otimismo para criar um cenário de legitimidade na mudança;
- Resiliência para um melhor aprendizado através das tentativas e experiências.
No final, é tudo sobre a sintonia com o sentimento do público, uma preocupação não apenas com a satisfação correspondente ao resultado final, mas a experiência do usuário. Além disso, a implementação desses conceitos traz o direito à geração de ideias, protótipos, testes, falhas e, em seguida, o benefício de oferecer uma solução inovadora para o mundo.
Quando pensamos em produtos de luxo, além da qualidade superior, outra característica, é a questão de fornecer ao consumidor mais que o produto, uma experiência de consumo. Focar nesse último ponto possibilitou para muitas marcas agregar valor ao seu produto e também tornar-se referência como players no mercado. Os consumidores da geração Y têm um acesso que beira ao instantâneo aos mercados globais. Assim, a jornada da experiência é uma das melhores alternativas para conquistar os millennials.
As empresas que abraçam essa ideia têm dois pontos em comum
Primeiro: tentam se concentrar mais no usuário. Ao fazerem isso, passam a mensagem de que o design é uma simbiose, portanto, precisa de atenção para com o outro lado.
Segundo: usam pesquisas qualitativas e quantitativas durante a fase inicial de desenvolvimento de seus produtos.
Este método está no cerne do desenvolvimento efetivo da estratégia e da mudança organizacional. Define como as organizações aprendem com experiências próprias e por meio de outras, impulsionando as equipes a explorarem novos horizontes.
O Design Centrado no Usuário segue alguns valores para se manter focado na usabilidade durante todo o processo de criação e ciclo de vida do sistema.
Entenda nas linhas a seguir quais são eles
- Compreensão das necessidades do público: Aqui perguntas como “ Quem é o usuário? ” e “ O que ele deseja ? O que necessita? “ são as bases da construção da visão sobre o que o produto irá se tornar.
- Testes de usabilidade: Como se dá a jornada do usuário e a sua experiência é o objeto observado nesse método; testes de usabilidade são fundamentais para alinhar a empatia.
- Boa usabilidade: Interface agradável e que preza pelo conforto e manutenção da participação do usuário no sistema
- Consistência: Padronização e homogeneização da plataforma.
- Diálogo simples e natural: Comunicação intuitiva, simples e esclarecedora.
- Feedback adequado: Garantia do usuário de que suas ações foram executadas com sucesso.
- Redução do esforço mental do usuário: Usuário não deve se preocupar em ter de se concentrar durante a jornada; deve ser um processo facilitado, intuitivo.
- Garantia de confiança: A transparência nas explicações ajuda a criar um clima de credibilidade a favor da sua marca e, assim, a conversão se torna mais fácil.
- Lei de Hick: A decisão com base no número de opções possíveis a serem escolhidas pelo usuário: aumentar o número de opções vai aumentar o tempo de decisão logaritmicamente.
- Lei de Fitt: Definição do tempo necessário da locomoção do usuário dentro da plataforma.
Além dessas premissas, o método conta com outras ferramentas, como por exemplo : Persona, Cenário e Mapa da Jornada do Consumidor.
Uma reflexão final
Atingir as metas é muito desafiador e requer um processo completo, começando com o planejamento e a análise e terminando com o teste e a melhoria do produto final.
No entanto, projetar para as necessidades do consumidor provou ser um método bem-sucedido para implementar projetos com eficiência financeira e operacional.
Assim, é possível construir um projeto de fácil adaptação, que as pessoas possam amar e com o qual elas desejem construir um relacionamento.
[avatar user=”Rodrigo Gomes” size=”thumbnail” align=”left” link=”file”]Rodrigo Gomes foi consultor de inovação na Inventta.[/avatar]