De coadjuvante a protagonista em cenários de grandes transformações

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Ao longo dos últimos 15 anos a Inventta suportou organizações de diversos segmentos a superarem seus desafios de negócio através da inovação. Independente do segmento, muitas vezes o contexto era o mesmo: o setor e o mercado estava passando por fortes transformações e a companhia desejava utilizar a inovação para melhor enfrentar essas grandes mudanças.

Com base no aprendizado envolvido em todos estes casos, selecionei 10 boas práticas para estruturar os esforços de inovação nestes momentos de muita incerteza, a partir de organizações que conseguiram se posicionar como protagonistas em cenários de grandes transformações.

Embora esses pontos possam ser utilizados como boas referências e fonte de inspiração, reforço aqui o nosso entendimento na Inventta de que o bom modelo de inovação para uma empresa é aquele que funciona. Simples assim. Não há receita e nem “Ctrl C + Ctrl V” para a inovação, cada organização precisa primeiramente de um bom direcionamento para a inovação, além de um autoconhecimento sobre seu negócio, modelo organizacional e cultura, a fim de desenhar iterativamente um modelo de inovação que realmente faça sentido e dê resultado.

Seguem abaixo as principais recomendações e boas práticas identificadas para o contexto de empresas que desejam manter o protagonismo em um cenário de grandes transformações.

 

 

  1. Direcionamento dos esforços de inovação da companhia, com a visão de ater-se menos à sua origem e mais ao seu destino e papel nos cenários futuros identificados, como medida para garantir a relevância e sustentabilidade do negócio no médio e longo prazo.
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  2. Construção de um propósito em comum compartilhado por toda a organização, desde a alta gestão até colaboradores externos, que esteja conectado com a ambição de inovação da companhia, de forma a gerar o engajamento necessário à transformação.
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  3. Balanceamento dos esforços de crescimento e inovação em diferentes horizontes de oportunidade (Core, Adjacente e Transformacional), de forma a garantir simultaneamente quick-wins em inovações próximas ao core, sem deixar para depois os importantes esforços que conduzirão a organização em sua jornada de transformação.
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  4. Construção e entrega de propostas de valor relevantes e autênticas através de um profundo entendimentodas necessidades de seus consumidores, clientes, potenciais clientes e stakeholders. Identificar o movimento dos competidores é necessário, mas não suficiente em contextos de grandes transformações. Aqui é o famoso “olhar menos para o lado e encarar o que vem pela frente”.
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  5. Geração de valor compartilhado no ecossistema através de parcerias de impacto e trabalho em rede. De um lado, trata-se da oportunidade de beber de novos insights e garantir mais agilidade na resposta às transformações. De outro, é a oportunidade de redução de risco e investimentos para as potenciais inovações (o famoso “dividir a conta com alguém”).
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  6. Explorar suas estruturas fora do país, caso existam, para olhar para os ecossistemas globais e segmentar os esforços de inovação em diferentes regiões, de acordo com o que cada uma pode oferecer frente às capabilities necessárias, buscando a melhor equação de valor para a inovação, sobretudo para o P&D.
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  7. Se alavancar em cima dos ativos e capabitilies que possuem para explorar oportunidades mais rentáveis em mercados adjacentes que não envolvem grandes esforços internos, indo além dos produtos e serviços já ofertados.
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  8. Testar novos modelos de negócio transformadores sem que isso implique na perda da excelência na execução do modelo de negócio principal. As chamadas Organizações Ambidestras são estas que conseguem ao mesmo tempo explorar com sucesso novas oportunidades e manter seu core business com eficiência.
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  9. Repensar as estruturas organizacionais internas a fim de permitir mais agilidade na tomada de decisão. Isso passa por repensar formas de trabalho convencionais e estabelecer um novo modelo de autonomia para os times. Grandes empresas vêm de um contexto do final do século passado em que estruturas muito segmentadas, hierárquicas e com autonomia controlada eram as boas práticas de sucesso. Com o novo contexto de transformações relevantes e sucessivas no mercado e na sociedade, estruturas flexíveis que permitam aumentar a velocidade de reação às mudanças têm apresentado mais sucesso ao lidar com grandes transformações.
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  10. Modelo estruturado para exploração de oportunidades de maior risco e incerteza, sobretudo quando as alavancas de valor Low Hanging Fruits já estão saturadas. Em geral, tais modelos apresentam estruturas de tomada de decisão similares às de fundos de venture capital: investimentos pequenos e sucessos em projetos disruptivos, de forma a reduzir o grau de incerteza, ao mesmo tempo que permitem à organização manter a opção de exercer a oportunidade de acordo com o ritmo das mudanças do segmento.

Diante do número elevado de temas de inovação diluídos nos 10 tópicos acima, faço aqui a sugestão de reflexão sobre os pilares estruturantes que estão por trás destes pontos. Pode-se observar que a estratégia e o modelo de governança dos esforços de inovação estão, de alguma forma, presentes em todas estas boas práticas. Com efeito, uma boa estratégia e um modelo enxuto e ágil de governança em geral representam um grande passo no caminho das organizações em busca de inovarem e serem mais inovadoras. A sua organização possui um direcionamento claro e um modelo moderno de gestão dos esforços de inovação para ser protagonista frente às mudanças e incertezas que vem pela frente?

Quer compartilhar alguma outra boa prática para inovar em tempos de grandes mudanças? Compartilhe nos comentários para discutirmos.

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