Como será o futuro do trabalho?

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Você também tem a sensação de estarmos coexistindo em dois mundos?
O atual, com os impactos de uma pandemia, que virou o cenário corporativo do avesso, intensificando, transformando e antecipando mudanças comportamentais, dentro e fora das empresas, e o novo mundo, instável, imprevisível e até imaginativo que buscamos nos preparar.

A grande recessão global obrigou as lideranças a adotarem gestões ágeis para tomadas de decisões rápidas, enquanto as equipes buscaram se reestruturar para manter a operação de forma totalmente remota. A conexão com os clientes, que antes era função de áreas comerciais, passou a ser um esforço de todos com o avanço digital e novas habilidades. E o que parecia passageiro, hoje, são desafios e questionamentos que ainda permanecem.

Você pode ser o fundador de um negócio promissor ou um estagiário recém chegado. Independente da função, essa é a pergunta que todos buscamos para entendermos melhor nossos papéis e como lidarmos com pessoas e seus talentos dentro das organizações: como será o futuro do trabalho? 

 

1. Flexibilidade e autonomia X Eficiência e produtividade

De um lado, flexibilidade e autonomia, um dos grandes benefícios obtidos pelos colaboradores com o trabalho remoto. Do outro, eficiência e produtividade, o grande desafio corporativo para ser mantido ou recuperado nos próximos anos.

Uma realidade e desafio intercontinental, como aponta a pesquisa The Rise of the Hybrid Workplace, publicada em outubro pela Dimensional Research e Cisco. O estudo entrevistou 1569 executivos de áreas de negócios e TI em países de cinco continentes.

O levantamento mostrou que nove em cada dez trabalhadores querem ter o poder de escolha sobre trabalhar fora ou em casa e ter mais autonomia sobre seus horários, e 58% dos entrevistados vão trabalhar de oito a mais dias do mês em casa no cenário pós-pandemia.

Sobre a produtividade, 96% dos executivos e time de RH afirmaram que as tecnologias facilitam e fornecem benefícios à empresa, como dispositivos de colaboração, telas para compartilhamento de informação e assistentes de reunião controlados por voz. Além dessas, aqui na Inventta, adaptamos os workshops presenciais por apps que permitem a cocriação para ideações, sem perder o engajamento e eficiência.

As tecnologias estão a nosso favor, porém, mais do que nunca, é preciso que haja compreensão mútua entre todos os lados para encontrar esse equilíbrio, que determinará, de vez, como será o futuro do trabalho.

 

2. Presencial, remoto ou híbrido, como será o formato do futuro do trabalho?

Higienização, segurança e redução de custos, é nisso que estão voltados muitos esforços dentro dos ambientes de trabalho. Não é atoa, que uma das principais opções adotadas têm sido o fechamento de escritórios físicos, com 53% das grandes empresas em busca de negociação. Enquanto 77% das companhias com mais de 10 mil funcionários estão liderando o movimento em direção à flexibilidade, seja em jornada ou em locação, 53% das organizações com até 1 mil colaboradores devem investir na redução do tamanho de seus escritórios.

Os desafios no formato remoto vão muito além da alta produtividade e eficiência. Entre as reclamações sobre o home office, 98% dos entrevistados, listaram três grandes problemas: áudio ruim durante as reuniões, frustrações com muitas pessoas falando ao mesmo tempo e ruídos de fundo de outros participantes. Em termos de produtividade, problemas com áudio costumam atrapalhar o foco dos funcionários e a eficácia dos encontros.

Se o formato remoto nos trouxe grandes dificuldades, as jornadas presenciais também não estão isentas de preocupações e frustrações. 89% dos profissionais que voltaram aos escritórios relatam terem problemas com funcionamento dos equipamentos durante reuniões com colegas em home office, ferramentas para compartilhamento de conteúdo, reservas e não utilização de salas de reunião e até dificuldade em acessar outros colegas que também cumpriam suas jornadas no escritório.

Assim, notamos que a dificuldade não está associada diretamente ao formato de como será o futuro do trabalho, mas sim, em como nos adaptarmos com agilidade e segurança para as novas formas de pensar, interagir e agir. Presencialmente ou à distância, existem grandes desafios e o modelo híbrido não parece uma fase passageira.

 

3. O remoto e o home office: não são sinônimos, mas têm sido

Ainda que trabalho remoto tenha como princípio poder trabalhar de qualquer lugar que haja conectividade com a empresa, o home office têm sido a principal opção entre a maioria dos colaboradores.

Como vimos acima, mais da metade dos entrevistados seguirão trabalhando de casa – e essa mudança é esperada para todos os níveis hierárquicos das empresas. Outro dado interessante prevê que 98% de todas as reuniões no futuro deverão contar com ao menos um colaborador em home office, o que justifica a preocupação das organizações com a melhoria da infraestrutura tecnológica de suas equipes.

 

4. Dinamismo na cultura organizacional

Embora nossa questão de como será o futuro do trabalho ainda pareça nebulosa, existe uma grande movimentação de negócios de todos os setores para encontrar soluções que funcionem para todos os atores de uma cadeia positiva, onde todos ganham. É o que mostra o relatório Dimensão pessoal e trabalho em 2021: Uma visão da força de trabalho global, realizado pela ADP Research Institute.

Mariane Guerra, vice-presidente de recursos humanos da ADP na América Latina, aponta os esforços das empresas em abrirem caminhos para a construção de uma cultura organizacional mais dinâmica, trazendo três tendências sobre a gestão da força de trabalho:

 

 

– Gestão multimodal e os diferentes modelos de trabalho

Com os diferentes modelos de trabalho que já abordamos acima, os líderes precisarão desenvolver novas habilidades, para além das tradicionais exigências da boa liderança. O principal desafio será promover a confiança entre os membros do time e dar suporte às conexões. As organizações precisarão de líderes que possam transitar entre dois modelos distintos. “Vamos ter que encontrar um equilíbrio no qual a gente perca menos”, afirma Guerra.

– Gestão da força de trabalho entre ecossistemas

Assim como os líderes, os trabalhadores também ganharam novas habilidades com os novos modelos de trabalho e, com isso, a expectativa de surgirem melhores oportunidades. Nesse sentido, fica mais difícil promover a retenção de trabalhadores fixos, já que a alternativa se torna atraente por conta da flexibilidade. “As empresas precisam investir na experiência do colaborador para que ele permaneça no emprego”, sugere a VP de recursos humanos da ADP.

É preciso desenvolver uma estrutura que consista em atores interdependentes, dentro e fora da organização, trabalhando para perseguir objetivos individuais e coletivos. “Se o líder deixar essa equipe se dividir entre ‘os de cá’ e ‘os de lá’, a cultura organizacional vai enfraquecer. E você vai perder o engajamento das pessoas”, completa.

– Saúde e bem-estar na estratégia organizacional

Vimos que higienização e segurança são um dos assuntos mais discutidos dentro dos escritórios. No entanto, saúde mental e bem-estar devem ser um dos pilares para a nova governança. “As empresas começaram a olhar para a saúde do colaborador de uma forma mais holística. Existem outros aspectos que não só essa questão transacional, de trabalho, empregado e empregador”, afirma. O desafio é fazer isso de maneira consistente, levando o mesmo cuidado para equipe remota.

Aqui na Inventta, intensificamos nossos esforços em interpretar os sinais de futuro para nos reestruturamos de forma rápida e perene. Com a chegada de novos clientes buscando estratégias de inovação e visão de futuro e com a redução de custos com o modelo remoto, investimos em novos talentos, sem a limitação de fronteiras, em capacitação, no intraempreendedorismo com novos modelos de negócio e em uma gestão com cultura organizacional transparente e cocriativa, implementando ritos e práticas que favorecem a comunicação, o pertencimento, a saúde física e mental e a alta performance dentro e fora dos projetos. Acreditamos que o futuro, mais do que híbrido, será equilibrado, entre o que faz sentido para nossas pessoas – clientes e colaboradores – e para a estratégia sustentável do negócio.

E você, agora que enxerga os sinais de como será o futuro do trabalho, quais caminhos enxerga para seguir? Precisa ter mais visão de futuro? Nós podemos te ajudar.

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