Lean Startup no desafio de aprovar projetos de inovação

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O conceito de Lean Startup foi introduzido por Eric Ries no livro “The Lean Startup” a partir de sua experiência durante anos como empreendedor, consultor e criador de startups. Ele utilizou a base da filosofia japonesa do Lean Manufacturing para propor um novo modelo de criação. Esse novo jeito trabalha na identificação e eliminação de desperdícios e tem sido amplamente utilizado para pensar e acelerar empresas em todo o mundo. E por que não aplicar esses conceitos quando falamos de projetos de inovação dentro das grandes empresas?

 

Como o próprio conceito já diz, o fundamento da Lean Startup é validar ou descartar hipóteses sobre seu produto ou mercado e, para isso, dois fatores são relevantes: a velocidade e o custo. Quanto mais rápida e mais barata a renovação, maior será a chance de sucesso. Fazendo um paralelo com os projetos de inovação, a ideia principal quando se apresenta um projeto de inovação é conseguir mostrar o potencial que o projeto apresenta, podendo considerar os seguintes pontos:

 

  1. Qual problema ele resolve? Ou qual oportunidade ele contempla?
  2. Como este projeto funciona na prática?
  3. Quais os possíveis clientes? Qual o tamanho desse mercado?
  4. O que eles valorizam e como o projeto irá englobar isso?

 

Com essas perguntas em mãos, é importante dar o primeiro passo para estar próximo do seu potencial cliente ou usuário final para ter mais clareza sobre essas respostas. Nesta etapa, elaborar hipóteses para serem validadas em campo pode ajudar a dar mais visibilidade do impacto que esse projeto pode ter para seu cliente e consumidor final.

 

Após ter clareza de quem é o público que será endereçado seu projeto e os pontos que eles mais valorizam, é possível construir os pilares de como este projeto pode ser mais bem estruturado. Há clientes que não estavam mapeados antes? Seu projeto precisa de ajustes para ficar mais aderente ao que os clientes e usuários realmente precisam ou desejam?

 

Ao validar a necessidade de mercado existente para seu projeto, deve-se levar-se em consideração quais capabilities e recursos serão necessários para que o projeto seja implementado, já mapeando quais a empresa possui internamente e quais deverão ser desenvolvidas com parceiros externos. Neste momento, é importante demonstrar uma certa sinergia com o que a empresa já possui, como forma de conectar recursos e capabilities já existentes internamente, sendo aplicados para projetos com um viés de inovação.

 

Em seguida vem o momento principal, onde deve-se desenhar o investimento e custos que o projeto irá precisar. Para que o projeto apresente um maior potencial de aprovação, deve-se considerar a construção de um roadmap em ondas para implementação. Esse conceito ajuda a demonstrar qual o potencial que o projeto apresenta ao longo do tempo, e, principalmente, qual será o primeiro passo que deverá ser dado. Os investimentos e custos podem ser desenhados para este primeiro passo ou primeira onda, considerando neste momento o desenvolvimento de um protótipo ou MVP mais elaborado. Isso se faz necessário uma vez que os aprendizados gerados na primeira onda irão nortear como as demais ondas deverão ser implementadas, garantindo mais assertividade nas etapas seguintes.

 

 

Portanto, a primeira onda para implementação do projeto deve ser simplificada ao ponto de ser considerada uma fase de testar a solução e aprender mais sobre esse mercado e cliente. Desta forma, é possível inclusive considerar a pivotagem do projeto, caso seja necessário. Para estruturar um protótipo ou MVP, deve-se ter como principal objetivo atingir os seguintes resultados:

Por fim, a equipe estará muito mais preparada para responder às perguntas iniciais tão complicadas quando tratamos de projetos de inovação: Qual o risco que o projeto tem? Quem serão os clientes ou usuários reais dessa solução? O que os clientes valorizam? Como este mercado está consolidado? Com a clareza das ondas a serem executadas, é possível fazer pequenos aportes de investimento no projeto, sempre com um viés de aprendizado, para que ao longo do tempo o projeto já consiga ir respondendo aos principais questionamentos e reduzindo incertezas ao longo do processo.  Nesses moldes do Lean Startup, que preza pelo modelo de construir seu MVP, colher feedbacks do clientes e gerar aprendizado com melhoria contínua, a tomada de decisão para investimentos em projetos de inovação irá envolver a decisão de gerar aprendizados que trarão grandes resultados e impactos para empresa.

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